Ibope mostra disputas acirradas na reta final | | Em São Paulo, Covas tem 57% dos válidos e Boulos, 43%; em Recife, primos duelam cabeça a cabeça pela prefeitura. Emoção na chegada. A eleição em São Paulo pegou fogo nos últimos dias antes do segundo turno. Depois de pesquisa Datafolha apontando 55% a 45% para Bruno Covas e Guilherme Boulos, respectivamente, a campanha do tucano intensificou os ataques ao psolista. Levantamento do Ibope divulgado nesta noite, no entanto, estimou em 14 pontos percentuais, e não 10, a diferença entre eles em votos válidos: 57% a 43%.
Cuba e Venezuela. Tucanos ligados ao prefeito, como seu chefe de gabinete, Fábio Lepique, começaram a disparar por WhatsApp vídeo do candidato do PSOL louvando o Foro de São Paulo, uma das principais "obsessões" dos bolsonaristas para estigmatizar a esquerda. Covas, por sua vez, passou a vocalizar ataques associando o adversário aos regimes autoritários de Cuba e da Venezuela. Boulos, que tem procurado ser mais moderado nesta campanha, se esquivou dos assuntos. Em sabatina na CBN, questionado sobre se achava que esses regimes eram democráticos, saiu pela tangente e disse que não estava se candidatando a prefeito de Caracas.
Pesquisa no detalhe. O Ibope, como o Datafolha, mostra um predomínio de Boulos no eleitorado jovem: ele lidera por 50% a 39% entre os eleitores de 16 a 24 anos. Já na faixa acima de 55 anos, o Ibope confere 62% dos válidos a Covas. Um indicador importante medido pelo instituto é o de certeza do voto: 80% dos eleitores dizem que não vão mudar de ideia. A maioria também manifesta a expectativa de que Covas vença (63%).
Rio. No Rio, o Ibope confere 65% dos votos válidos a Eduardo Paes (DEM), contra 35% de Marcelo Crivella, do Republicanos. Nos votos totais, não válidos, Paes se manteve com 53% e Crivella teve crescimento de 25% para 28%. O prefeito intensificou os ataques, muitos dos quais francamente desesperados, e a Igreja Universal também entrou com tudo na campanha nos últimos dias.
Família em crise. A disputa mais imprevisível das capitais ocorre em Recife (PE), onde os primos João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) disputam voto a voto e intensificam o racha em família. Nesta quarta-feira, a Justiça Eleitoral mandou tirar do ar propaganda em que Marília acusava a campanha do primo de ser machista. Lá, o Ibope mostra um "x" nas intenções de votos: Marília começou o segundo turno na frente, mas Campos a ultrapassou. Ele aparece com 43% (51% dos válidos), contra 41% (49%) da petista. A rigor, eles estão tecnicamente empatados, e é impossível prever quem vá vencer. | | Três décadas depois, políticos lançados por César Maia mantêm fôlego no Rio. Se Eduardo Paes (DEM) confirmar o favoritismo indicado pelas pesquisas e se eleger prefeito do Rio, será mais uma prova do fôlego dos políticos lançados por César Maia, a partir de sua vitoriosa campanha municipal de 1992. Na ocasião, dissidente do brizolismo, César se tornou prefeito, derrotando a petista Benedita da Silva no segundo turno. Com isso, se transformou não apenas em protagonista da política da cidade, onde ocupou três vezes a prefeitura, mas também projetou outros nomes no cenário local e nacional. Foi o caso de Paes, que integrou sua primeira equipe de governo. Leia Mais | VOCÊ TAMBÉM PRECISA LER Eleições nas Redes: Vice de novo O PSDB governa São Paulo desde 1º de janeiro de 1995. Nesse intervalo, por duas vezes, a capital escolheu um nome do partido para o comando da prefeitura. Mas ambos os prefeitos e todos os governadores, em algum momento e por motivos distintos, entregaram o cargo para o vice. Por isso, Bruno Covas não deveria se surpreender com questões sobre a escolha de Ricardo Nunes para a chapa que tentará administrar a maior cidade do país pelos próximos quatro anos. Leia Mais FPA quer volta do trabalho presencial no Congresso A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) decidiu cobrar a volta imediata dos trabalhos presenciais no Congresso para que a pauta de votações possa ser retomada. Em comunicado oficial, a FPA, que reúne quase trezentos parlamentares, diz que é possível a retomada os trabalhos com segurança em relação ao coronavírus para interromper a "paralisia" da agenda legislativa. Leia Mais Ciro: 'Bolsonaro está asfixiando população pobre e classe média' Ciro Gomes (PDT) criticou o comportamento do governo federal diante do contínuo crescimento da inflação. Ontem, o IPCA, que funciona como uma prévia da inflação, registrou aumento de 0,81%, no pior novembro desde 2015. Para Ciro, que foi ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco, o presidente Jair Bolsonaro "está asfixiando a população pobre e de classe média". Leia Mais |
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