Vacina da Pfizer avança nos EUA, e Brasil começa a produzir Coronavac | | Comitê recomenda aprovação do fármaco da Pfizer pela FDA, e Butantan começa a fabricar vacina mesmo sem validação da Anvisa.
Corrida da vacina. A corrida pela chegada da vacina contra o novo coronavírus se acelera a cada dia. Nos Estados Unidos, o comitê de assessoramento da FDA, a agência sanitária do País, recomendou a aprovação da vacina da Pfizer, que teria uma eficácia de 95%. A reunião do comitê técnico levou oito horas, e agora depende da FDA a aprovação do imunizante.
Produção in loco. No Brasil, o Instituto Butantan começou nesta quarta-feira a fabricar a Coronavac, após convênio com o laboratório chinês Sinovac. Isso se dá antes da apresentação de resultados da fase 3 de testes, a que vai comprovar a eficácia da vacina. Segundo o governador João Doria Jr., os resultados dos testes serão submetidos à Anvisa no próximo dia 15, terça-feira que vem. O Butantan anunciou a contratação de mão de obra extra e de turnos adicionais de trabalho no instituto para a produção de grande quantidade de doses.
Enquanto isso, no Alvorada... Jair Bolsonaro protagonizou mais uma live daquelas. Voltou a defender cloroquina, hidroxicloroquina, invermectina e a não-decretação de medidas restritivas ao comércio e a outras atividades científicas. Onze meses depois da pandemia, quase 180 mil mortos e a segunda onda presente em todos os Estados e o presidente segue preso aos conceitos do início do surto. Vacina? Não, não tocou no assunto.
E a política? Bolsonaro usou a live para negar que vá usar o Ministério do Turismo para influenciar na eleição para a presidência da Câmara. Disse que o sanfoneiro e ex-presidente da Embratur será efetivado no cargo, e não interino apenas para atrair o apoio de partidos a Arthur Lira (PP-AL). Defendeu a troca de partidos que fez ao longo de sua carreira como deputado e afirmou que está cada vez mais "harmônico" com os partidos e com o parlamento. Afirmou que a imprensa o criticava quando não conversava com partidos, e agora o critica porque ele conversa. "Estamos dialogando com quase todos os partidos", afirmou.
Saudade da esquerda. Bolsonaro aproveitou para dar uma alfinetada na esquerda. "Vou negociar pauta de armamentos com o PT? Livre mercado com o PC do B? Pauta de costumes com o PSOL? É ruim, hein?" No melhor estilo Johnny Bravo, personagem de cartoon que costuma enaltecer, Bolsonaro disse que não ganhou nem perdeu nas eleições municipais. "Tinha zero prefeito e continuei com zero", disse, em tom debochado.
Meio ambiente. O presidente também repetiu suas platitudes sobre o meio ambiente, dizendo que índios vão ganhar royalties com a exploração de minérios em terras indígenas, que as queimadas se devem apenas à estiagem e que a regularização fundiária proposta por ele vai ajudar a mapear devastação ilegal das florestas. Defendeu os novos equipamentos que estão sendo adquiridos para mapear as queimadas e as derrubadas de árvores e disse que os ambientalistas querem "melar" seus projetos. | | Dá para desenrolar a vacinação, ministro? No dia 21 de outubro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, levou uma enquadrada pública de Jair Bolsonaro por ter anunciado um protocolo de intenção de compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac. Depois disso, num vídeo constrangedor, gravado ao lado do presidente, enquanto se recuperava da Covid, deixou claro seu modus operandi na condução da Pasta: "Senhores, é simples assim: um manda e o outro obedece. Mas a gente tem um carinho, entendeu? Dá para desenrolar, dá para desenrolar", afirmou. Leia Mais | VOCÊ TAMBÉM PRECISA LER Bolsonaro diz que Brasil vive 'finalzinho da pandemia' O presidente Jair Bolsonaro iniciou seu discurso em cerimônia de inauguração do trecho principal da Ponte Guaíba, nesta quinta, 10, em Porto Alegre, dizendo que o Brasil está "vivendo o finalzinho da pandemia", enquanto o País se aproxima do índice de 180 mil mortos pelo novo coronavírus. Ontem, o Brasil registrou 848 mortes pela covid-19 nas então últimas 24 horas, chegando ao total de 179.032 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 643, a mais alta registrada desde 6 de outubro, quando foi de 652. Leia Mais Ciro Nogueira tenta convencer MDB a largar Maia O senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PP-PI), está tentando convencer o MDB a largar Rodrigo Maia (DEM-RJ) na eleição à presidência da Câmara em troca de apoio no Senado. Nogueira apoiaria um emedebista para a vaga de Davi Alcolumbre (DEM-AP) se a legenda se juntasse ao bloco de Arthur Lira (PP-AL) na Casa Baixa. Segundo fontes do MDB ouvidas pelo BRP, as negociações existem, mas Baleia Rossi (MDB-SP), presidente da sigla e que sonha em ser o nome de Maia na Câmara, resiste a essa ideia. Oficialmente o MDB integra o bloco lançado por Maia na última quarta-feira, 9, que reúne também DEM, PSDB, PSL, Cidadania e PV. Leia Mais Na largada para eleição, Lira pode chegar a 210 deputados aliados O deputado Arthur Lira (PP-AL) anunciou na quarta-feira, 10, um bloco com sete partidos, além do Progressistas, que apoiam sua candidatura à presidência da Câmara. O PP tem 40 deputados, mas pode ficar dividido caso Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) saia candidato. Ao lado dele tem o PL (41 parlamentares), PSD (33), Solidariedade (13), Pros (10), PSC (9), Avante (8), e Patriota (6). Ainda há a promessa do PTB (11) se unir em breve ao grupo. Seriam 171 deputados. Leia Mais |
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