Quatro anos depois, a história se repetiu: entre as capitais brasileiras, apenas uma mulher foi eleita prefeita. A personagem é Cinthia Ribeiro (PSDB), que foi reeleita em Palmas ainda no primeiro turno. Essa é a terceira eleição municipal seguida, em que apenas uma mulher ganhou.
A prefeita de Tocantins Cinthia Ribeiro (PSDB). Foto: Reprodução/Facebook
Na reta final da campanha o Ibope já indicava que o cenário estava difícil para as cinco candidatas que disputavam o segundo turno nas capitais. Mas ainda havia chances para Marília Arraes (PT) e Manuela D’Ávila (PCdoB), que foram derrotadas ontem por João Campos (PSB) e Sebastião Melo (MDB), respectivamente.
Essa estagnação no cenário das capitais ocorre justamente no ano em que além do registro recorde de candidaturas femininas em 2020, as mulheres formaram a maioria do eleitorado do País.
A participação feminina na política começa a caminhar para além do cumprimento da cota obrigatória de 30% reservada pelos partidos, que foi implementado em 2009. De acordo com a Justiça Eleitoral, no pleito deste ano as mulheres representam 33,6% do total de 557.389 candidaturas, superando o maior índice das três últimas eleições, que não passou de 32%.
Ao todo, das 57 cidades em que a prefeitura estava em disputa de segundo turno, apenas sete elegeram prefeitas mulheres no domingo, 29.