Após Hans River, ex-funcionário da empresa especializada em disparos em massa de WhatsApp (Yacows), ser reconvocado para depor à CPMI das fake news, o vice-líder do governo na Câmara, deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ), protocolou na quarta-feira, 12, um pedido de convocação da jornalista Patrícia Campos Mello para prestar depoimento à comissão. Durante a primeira audiência com Hans, Jordy se referiu à jornalista da Folha como “jornaleira”.
Acabo de protocolar requerimento de convocação da jornalista Patrícia Campos Mello e da proprietária da M Romano Comunicação (q utilizou serviços da Yacows para disparos de WhatsApp para o PT) p/ prestarem esclarecimentos na CPMI das fakenews sobre as declarações do Sr Hans River pic.twitter.com/WAVT8rOMTx
— Carlos Jordy (@carlosjordy) February 13, 2020
Na última terça-feira, ela foi vítima de mentiras e ataques por parte de Hans, que teve o apoio de parlamentares, entre eles o deputado Eduardo Bolsonaro. Ao longo da semana, a jornalista apresentou prints e áudios de conversas com Hans e demonstrou que ele foi fonte das reportagens sobre uso de disparos em campanha eleitoral e que coube a ele, e não a ela, investidas de cunho sexual durante as conversas entre eles, todas rechaçadas pela repórter.
Jordy ainda pediu a convocação de Martha Freire Romano, da agência M Romano Comunicação, que teria usado serviços da Yacows, onde Nascimento trabalhou, para divulgar mensagens para a campanha do PT.