Mais um round se instala na relação entre o governo brasileiro e o cubano sobre os médicos da ilha caribenha que foram contratados para atuar no programa Mais Médicos. Desta vez, tudo começou quando o presidente Jair Bolsonaro, durante o lançamento do programa Médicos pelo Brasil, no último dia 1º, afirmou desqualificou – sem apresentar provas ou indícios – os profissionais cubanos e disse que a presença deles no País era “um plano do PT para formação de uma guerrilha no território brasileiro” e que se eles fossem realmente bons, “teriam salvado a vida de Hugo Chávez”.
El Presidente Bolsonaro miente una vez más. Vergonzoso su servilismo a #EEUU. Sus vulgares calumnias contra #Cuba y el programa #MaisMedicos jamas podrán engañar al hermano pueblo brasileño, que bien sabe de la nobleza y humanidad de la cooperacion médica cubana. #SomosCuba pic.twitter.com/C5gLPvLY7n
— Miguel Díaz-Canel Bermúdez (@DiazCanelB) August 3, 2019
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, não deixou barato e, no dia seguinte, acusou Bolsonaro de mentir sobre o programa. Ele também criticou o que chamou de submissão do brasileiro ao governo de Donald Trump. “O presidente Bolsonaro volta a mentir. Vergonhosa a sua submissão aos Estados Unidos“, escreveu o governante cubano no Twitter. “Suas calúnias vulgares contra Cuba e o programa Mais Médicos nunca conseguirão enganar o povo irmão brasileiro, que conhece bem a nobreza e humanidade da cooperação médica cubana”, assinalou. Na noite de sábado, 3, Bolsonaro também usou a rede social para contra-atacar. Desta vez, ele voltou a dizer que os médicos cubanos estavam no Brasil “em condições análogas à escravidão”. Segundo Bolsonaro, “a mamata acabou”, e agora os recursos serão usados no recém-lançado Médicos pelo Brasil.
– O ditador cubano recebia R$ 1 bilhão por ano do Brasil, pelo trabalho de 10 mil "profissionais" de saúde, que aqui viviam em condições análogas à escravidão. A mamata acabou, agora esses recursos serão utilizados para nossa Saúde no programa MÉDICOS PELO BRASIL. pic.twitter.com/3j8cFIeyy1
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 3, 2019