Se decidir nomear o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para a sua equipe ministerial, Jair Bolsonaro fará, na prática, um gesto em dobro para seu aliado político.
O primeiro será o de dar um espaço de visibilidade e de atuação dentro do governo para Alcolumbre, que perderá a vitrine da presidência do Senado, em fevereiro. Uma das opções é a Secretaria de Governo, que cuida da articulação política. Nesse caso, o atual ministro general Luiz Eduardo Ramos poderá ser deslocado para a Secretaria Geral da Presidência.
Davi Alcolumbre e Jair Bolsonaro. Foto: Gabriela Biló
O segundo gesto é indireto, mas de importante peso. Se virar ministro, Alcolumbre abre vaga no Senado para o primeiro suplente. E o suplente é seu próprio irmão, Josiel Alcolumbre, que acabou de perder a eleição para a prefeitura de Macapá, apesar do apoio declarado de Bolsonaro.