Funcionários da fábrica da Casa da Moeda, que fica no Rio de Janeiro, paralisaram o seu trabalho nesta segunda-feira, 13, em meio a tensões e defesa da privatização da estatal por dirigentes. De acordo com nota compartilhada pelo Sindicato Nacional dos Moedeiros, os funcionários teriam batido ponto e se recusado a trabalhar. Na sexta-feira, 10, funcionários ocuparam a sede administrativa da Casa da Moeda em São Paulo contra a proposta de privatização.
A empresa foi incluída na lista do Programa Nacional de Desestatização de privatizações do governo federal em outubro e em novembro, o presidente Jair Bolsonaro editou medida provisória que tira o monopólio da estatal na fabricação de dinheiro, passaporte, selos postais e fiscais federais e de controle fiscal sobre a fabricação de cigarros ao final de 2023.
Como você leu no BRP, o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, afirmou em seu Twitter que existe uma disputa trabalhista entre a direção da empresa e o sindicato de trabalhadores para renegociar o contrato trabalhista nesta segunda-feira.
A Casa da Moeda confirmou a paralisação de sexta-feira, 10, e a diretoria da estatal afirmou em nota que “entende que a empresa e os funcionários passam por um momento de incertezas e preocupações” pela inclusão da empresa no Programa Nacional de Desestatização (PND), da quebra do monopólio e dificuldade em fechar o acordo coletivo. Porém informa: “qualquer manifestação tem seu local e representantes legalmente definidos. Todo excesso ou ilegalidade serão apurados.”
De acordo com nota do Sindicato Nacional dos Moedeiros publicada nesta segunda, o estopim para as paralisações teriam sido uma entrevista do diretor de gestão da Casa da Moeda, Fábio Rito Barbosa, à GloboNews. O diretor havia afirmado na entrevista que o gasto com pessoal foi um dos fatores que levaram a empresa a registrar prejuízos nos últimos anos.