Há um consenso se formando entre os deputados de que os três meses de pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 poderão ser insuficientes para cobrir as dificuldades financeiras enfrentadas pelas pessoas por causa da crise do novo coronavírus. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ontem ao BRP que está discutindo a questão com os outros deputados. E, para viabilizar o plano, a ideia é que sejam apontadas fontes de recursos já existentes para bancar a prorrogação do auxílio.
O presidente Câmara, Rodrigo Maia Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados
Como se sabe, governo e equipe econômica têm resistido a essa prorrogação por conta do impacto financeiro. E tem acenado, quando muito, com uma extensão do auxílio por mais um mês ou com um valor menor do que os R$ 600 que estão sendo pagos atualmente, de R$ 200. Por isso, o plano de Maia é encontrar recursos que já estejam sendo destinados pelo governo para alguma despesa que não seja prioridade nesse momento e repassá-los para custear a prorrogação do auxílio.
Mas ainda não existe a definição de quais fontes serão apontadas como sugestão. “Estamos estudando”, disse Maia ao BRP. “Se a crise continuar, ele vai ser tão importante quanto está sendo agora”. Maia concorda, porém, que é necessário ter cautela para que não se fique propondo despesas sem apontar de onde esses gastos virão.