Após um grupo de pesquisadores citados pelo Ministério da Saúde como colaboradores na elaboração do plano nacional de vacinação contra a covid-19 afirmar que não foi consultado sobre a versão final do texto apresentado no sábado, 12, a pasta alegou na manhã deste domingo, 13, que os especialistas convidados “não tinham qualquer poder de decisão” no programa de imunização.
Segundo a pasta, o papel dos especialistas era de “cunho opinativo e sem qualquer poder de decisão” sobre o plano apresentado ontem.
O ministério também rebate críticas do grupo de especialistas, que manifestaram preocupação com a retirada de grupos prioritários (presidiários foram removidos da lista de grupos que seriam vacinados), e respondeu que todo plano de vacinação precisa elencar um grupo de pessoas mais vulneráveis, mas afirmou que outros grupos poderão ser imunizados após as fases iniciais do programa.
Em nota, o Ministério da Saúde alegou que não apresentou uma data exata para a vacinação porque não há ainda no mercado nacional “uma vacina eficaz e segura”, aprovada pela Anvisa.
“Apresentar uma data, especificar um imunobiológico e apresentar informações sem a devida identificação de uma vacina aprovada pela Anvisa não condiz com as práticas de segurança e eficiência do Programa Nacional de Imunizações da pasta, que não trabalha com fulcro em especulações desprovidas de confirmações técnicas e científicas”, completou o ministério. As informações são de Eduardo Rodrigues, do Estadão.