Enquanto os Estados Unidos e países da Europa preveem o início da vacinação contra o coronavírus para o fim deste ano e início do próximo, o Ministério da Saúde brasileiro trabalha com o começo do programa de imunização apenas em março. E com a população-alvo, formada por idosos, pessoas com comorbidades e profissionais essenciais terminando de ser vacinados apenas em dezembro. O cronograma foi apresentado nesta terça-feira, em reunião com comitê de especialistas, e revelada pelo Estadão.
O governo também não estaria trabalhando com a possibilidade de utilizar vacinas cuja eficácia já está comprovada, como a da Pfizer. A ideia é utilizar o medicamento em desenvolvimento pela Universidade de Oxford junto da Astrazeneca, cujo registro deve atrasar por falhas nos estudos, e da Covax Facility, iniciativa da OMS.
Mais cedo, o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, disse que a “vacina ideal” teria possibilidade de armazenamento entre 2 e 8 graus e dose única. As vacinas da Pfizer e da Modena, que estão sendo aprovadas por entidades de outros países, necessitam de temperaturas entre -20 e -70 graus em duas doses.