Não passou em branco pelos militares a enquadrada que Jair Bolsonaro deu no ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, na questão da compra da vacina Coronavac. Importantes representantes das Forças Armadas se manifestaram pelas redes sociais criticando, inclusive, a fala de Pazuello depois de ser desautorizado, dizendo que “um manda, outro obedece”.
Presidente Jair Bolsonaro minimizou divergências com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Foto: Reprodução/Facebook
“Hierarquia e disciplina, na vida militar e civil, são princípios nobres. Não significam subserviência e nem podem ser resumidos a uma coisa ‘simples assim, como um manda e o outro obedece’ … como mandar varrer a entrada do quartel”, afirmou o general e ex-ministro Santos Cruz.
O general Paulo Chagas também mandou seu recado pelas redes. Citando Cervantes, escreveu: “Vão uns pelo campo da ambição soberba, outros pelo da adulação servil, outros pelo da hipocrisia e alguns pelo da religião sincera. Eu, porém, inclinado à minha estrela, vou pela estreita senda da Cavalaria, por cujo exercício desprezo a fazenda, mas não a honra.”
Em seguida, disparou: “A ética militar não permite resumir as relações entre superiores e subordinados com a simplificação de que “um manda e outro obedece”. Cervantes nos mostra que não é bem assim…”, postou o general.