Durante anos o MDB esteve na vice do PT na Presidência da República. A situação agora pode inverter-se na Câmara. A sigla, com seus 52 deputados compondo o bloco de Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pela sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ), deverá ter prioridade na distribuição das vagas na mesa diretora. Isso porque a legenda foi a maior vitoriosa em 2018. E mesmo hoje com menos deputados, tem a primeira escolha caso seu bloco seja o vencedor.
A situação só será definida após o bloco ser oficializado. O que deve acontecer em breve. “A nossa construção foi essa. Unir os partidos motivados por uma união em um ponto. Que á segurança institucional, o Estado Democrático de Direito. Dai quando o bloco for formado, iremos discutir os candidatos. Fazer os cálculos da vaga da mesa para os partidos apresentarem seus candidatos”, explicou Isnaldo Bulhões (MDB-AL), que coordena a campanha de Baleia.
O PT ainda pode optar por outro cargo na hora da distribuição. Mas é improvável que abra mão da primeira vice, sendo a principal força aliada de Baleia Rossi. O PSL seria o segundo colocado na fila, mas enfrenta um novo “racha”. Capitaneados pelo deputado Major Vítor Hugo (PSL-GO), 32 parlamentares assinaram um pedido para a legenda integrar o bloco de Lira, aliado do governo de Jair Bolsonaro. O presidente da sigla, Luciano Bivar, já se comprometeu com o MDB e Rodrigo Maia.
Na chapa de Arthur Lira, o vice pertence ao PL, que com seus 43 deputados é o maior partido que apoia o progressista. O escolhido foi Marcelo Ramos (PL-AM), que sonhou em ser o nome de Maia para a sucessão na Câmara.