O que hoje é o “elefante na sala” da relação entre Congresso e governo já foi ponto pacificado entre os dois poderes. Em março do ao passado, durante a votação da Câmara da PEC 2/2015, que tratava do orçamento impositivo, o deputado Eduardo Bolsonaro foi ao plenário da Câmara defender o texto. “Eu queria deixar nossa posição favorável à PEC e parabenizar vossa excelência (Rodrigo Maia) pela Presidência. Realmente, quando Jair Bolsonaro era deputado federal, ele e eu já éramos favoráveis a esta pauta, porque ela vai trazer independência para este Plenário, independência para os colegas deputados federais. Então, de maneira nenhuma se trata de uma reforma do Governo, mas, sim, de uma relação harmônica entre os Poderes”, disse.
O deputado Eduardo Bolsonaro Foto: Gabriela Biló/Estadão
Posteriormente, a PEC aprovada naquela noite foi base para o um substitutivo apresentado pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) no Senado Federal que deu origem à PEC 34/2019. Ao ser votada na Câmara, teve 378 votos a favor e apenas 4 contrários. Na última sessão do Congresso, o governo chegou a fechar um acordo para derrubar o veto sobre o caput do texto e manter os demais, mas a sessão acabou derrubada devido a obstrução de parte do Senado. Após as manifestações, já há senadores achando que não há mais clima para a manutenção de nenhum dos vetos presidenciais.
Nunca foi pauta do governo Bolsonaro fazer o Legislativo de refém através de emendas orçamentárias. Quando deputado @jairbolsonaro apoiou a PEC do orçamento impositivo. Mantemos a coerência. Vitória do Legislativo e da independência entre os poderes👏 pic.twitter.com/2R0FtzdiJQ
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) March 27, 2019