O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, admitiu que a Coronavac, vacina em desenvolvimento pelo Instituto Butantan em parceria com um laboratório chinês, não atingiu “a eficácia de 90%”. Em entrevista para a rádio CBN, ele disse que sabe apenas que o imunizante supera os níveis exigidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 50%, mas que não tem os dados fechados ainda.
“Não atingiu 90%. Nós não sabemos o quanto acima de 50% ficou, se foi 60%, 70% ou 80%. Mas eles estão em níveis que nos permitem fazer redução de impacto de doença na nossa população, diminuindo o número de pessoas com doença grave e que infelizmente vêm a morrer”, declarou.
Uma eficácia de 50% significa que a vacina deverá funcionar para metade dos imunizados. O que ajudaria a criar a chamada “imunidade de rebanho” caso a quase totalidade da população fosse vacinada. Outras vacinas, como a da Pfizer e da Moderna, que utilizam uma tecnologia diferente, mas possuem complexidades na armazenagem, tem eficácia superior a 90%. O Brasil não tem previsão do início da vacinação.
Doria apresenta a Coronavac. Foto: Gabriela Biló/Estadão