Levantamento feito pelo Estadão junto aos Estados mostra que além dos 6,86 milhões de testes RT-PCR no armazém do Ministério da Saúde que estão próximos do vencimento, lotes já enviados pelo governo federal aos entes federativos também correm o risco de ir parar na lata de lixo.
Foto: Mohd Rasfan/AFP
Perdem a validade entre dezembro e janeiro ao menos 605,5 mil unidades já enviadas a 17 Estados e Distrito Federal. Nove Estados se recusaram a fornecer os dados.
São Paulo, entre os Estados que responderam à reportagem, tem o maior estoque de testes (220 mil) com validade somente até dezembro. Em seguida vem Minas Gerais, com 167 mil exames que expiram no próximo mês. Já a Secretaria de Saúde do Ceará afirmou, por exemplo, que ali foram consumidos primeiro os testes com validade mais curta.
O Rio de Janeiro, que mais recebeu testes do ministério, não revelou os seus estoques até as 21 horas de terça-feira, 24. Além do Rio, os Estados que não forneceram os dados foram Santa Catarina, Mato Grosso, Pernambuco, Maranhão, Acre, Alagoas, Amapá e Rio Grande do Norte.