A oposição quer votar, mas aliados do governo manobram para não votar nesta sexta, 18, a Medida Provisória (MP) 1.000, que garantiu a prorrogação do auxílio emergencial até o fim do ano.
Na quinta-feira, 17, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que colocaria o texto em votação e incluiria nessa proposta o 13º aos beneficiários do Bolsa Família, após ser cobrado publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro. O deputado chamou o chefe do Planalto de mentiroso.
Uma das estratégias do Centrão é não registrar presença na sessão, para que não haja o número suficiente de deputados necessários (257) para se iniciar a reunião, registra o Estadão. Um dos argumentos na manga é o fato de o parecer de Marcelo Aro (PP-MG) ainda não ter sido apresentado. A regra é que os relatórios devem ser apresentados com 24 horas de antecedência para ter tempo hábil de avaliar.
Segundo afirma a CNN, Maia cobra um pedido público e oficial do governo para que a MP não seja votada como forma de tirar das costas qualquer acusação de que é contra o auxílio.
URGENTE! Nós da oposição conseguimos colocar na pauta de hoje da Câmara a votação da MP do Auxílio Emergencial, mas os aliados do desgoverno Bolsonaro estão fazendo de tudo para retirar. Estamos enfrentando a segunda onda da doença e precisamos manter o socorro aos brasileiros.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) December 18, 2020
Uma bomba fiscal de 8bi não pode ser usada como mecanismo de retaliação ou de ataque político. Bolsonaro e Maia precisam deixar seus conflitos de lado e pensar no país. Por mais nobre que seja um gasto você não pode fazê-lo se não pode pagar e as consequências são mais graves.
— Marcelo Ramos (@marceloramosam) December 18, 2020